Semana triste, após um domingo de desespero para todos os familiares, amigos, namorados, professores daqueles jovens que perderam a vida e os sonhos no incêndio que destruiu a boatte Kiss, em Santa Maria, RS.
Hoje para mim é impossível postar fotos bonitas, pois meus olhos estão tão úmidos como a chuva que cai lá fora. Estou aqui no conforto da minha casa, com toda minha família bem, mas fico pensando no desespero daquelas famílias, no luto. Não conhecia aquelas pessoas, mas sei que eram estudantes universitários, futuros professores, veterinários, dentre outros profissionais. Pessoas que assim como eu tinham sonhos, obstáculos, amores, projetos... A dor que dói nos outros dói em mim.
A mensagem abaixo é da minha colega Ane, que assim como eu consegue imaginar a dor das famílias, e que também se revolta com a falta de humanidade daqueles que fazem piadas e postam fotos da dor dos outros em redes sociais.
"Eu
não conhecia o garoto que derrubou o segurança para tentar abrir a
porta e tentar escapar da morte; eu não conhecia a menina que
simplesmente jogou os sapatos de salto em um canto e correu para onde
todos estavam indo, na esperança de ver o céu escuro e seguro do lado de
fora da boate; eu não conhecia a banda, que por mais que não soubessem
das consequências, matou mais de duzentos e quarenta pessoas; mas nesse
momento, a única coisa que me resta conhecer é um Brasil que não sabe
dizer o quanto sente muito por não ter mais saídas disponíveis naquele
lugar; é uma mãe, que chora desesperada porque o filho não vai mais
voltar pra casa; é um irmão, que não acredita que o possível “herói”
dele está morto. Todo mundo morreu um pouquinho ao ouvir no noticiário
que tantas vidas, tantas almas novas se foram sem realizar seus sonhos,
sem alcançar suas expectativas, sem um adeus digno. Ninguém sabe se
abraça os pais, se acalma as crianças ou as deixa chorar,
se fica revoltado com as falhas enormes que custaram vidas, ou se tenta
viver como se nada tivesse acontecido, como se não se importasse. E
tudo isso me dói, me dói saber que poderia ter sido com alguém próximo,
que eu amasse, alguém que me fizesse sorrir todo dia, porque querendo ou
não, o motivo de alguém ser feliz não está mais entre nós. Não há mais
nada o que fazer; os corpos já estão no legista, as lágrimas já rolaram,
a respiração já foi sessada, e os “eu te amo” já não foram ditos. Pra
nós, os vivos, resta tirar uma lição disso: viver. É tão clichê dizer
que é pra se viver o agora, sem esperar o amanhã quando o trabalho nos
ocupa todo dia, quando não nos importamos mais com o que fazer para o
jantar, quando um abraço e um beijo são trocados somente em momentos
ultra especiais, por isso deem valor as coisas simples,se importem com
os familiares,amigos.diga sim "eu te amo" pq pode nao haver a amanha e
vai ser muito triste se isso acontecer!!!
Foi muito triste mesmo!
ResponderExcluirBeijos
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